Presente no Brasil há 17 anos, a Citrix já havia se tornado referência para o mercado local em soluções de mobilidade corporativa. E agora, por conta da pandemia do COVID-19 se espalhando pelo país, clientes novos e antigos têm nos procurado para implementar um plano de continuidade para seus negócios.

Mas a verdade é que, para o bem o para o mal, a crise pela qual estamos passando está colocando em xeque o modelo de operação de todas as empresas. E embora a Citrix tenha experiência enorme em trabalho remoto, acumulada ao longo de mais de 30 anos, mesmo a companhia tem aprendido lições muito valiosas com todo esse movimento para o home office. Gostaria de compartilhar aqui algumas delas.

Pesquisa global e padrões macro

Todos os funcionários da Citrix Brasil estão trabalhando de casa desde o começo de março; já globalmente, o movimento se deu no meio do mês. Para aprender mais sobre nossa força de trabalho, seu fluxo e a maneira como eles aproveitam a tecnologia para alcançar resultados de negócios, a companhia elaborou uma pesquisa rápida com os colaboradores, realizada pelo time interno de TI e compartilhada por Meerah Rajavel, CIO da Citrix.

Entre os resultados (dividido em três vetores — system, business e culture), estão o aumento do uso da infraestrutura de desktops virtuais, da demanda pela própria TI da Citrix e da produtividade em geral. Com a companhia inteira migrando para o trabalho remoto, tivemos um aumento de 20% no volume de tickets do service desk. Por outro lado, 66% dos funcionários têm afirmado se sentirem mais produtivos trabalhando remotamente.

Além disso, a pesquisa identificou alguns padrões macro, como a mudança de uma cultura “centrada em pessoas” para outra centrada nos processos. Ao trabalhar com equipes globais remotas, as pessoas estão precisando adaptar sua abordagem, usando reuniões on-line mais curtas e direcionadas. Ainda assim, como somos seres sociais e almejamos a conexão humana, mais equipes passaram a ligar suas câmeras, interagindo em bate-papos virtuais e happy hours.

Perspectiva local e pessoal do gerenciamento

Posso dizer que todos esses resultados se verificam na Citrix Brasil. A equipe de desenvolvimento já tinha liberdade para trabalhar de onde preferisse; já os times comercial e de marketing tiveram que se adaptar para trabalhar somente online. De forma geral, a maioria só ia para o escritório duas ou três vezes por semana, para ter contato físico com os colegas e é pela falta de proximidade que a mudança total para o home office acaba sendo mais sensível e perceptível.

Nesse momento, a liderança precisa ficar próxima, atuando quase como um psicólogo mesmo. É preciso entender como os colaboradores estão se sentindo, quais são suas dificuldades, buscando ampará-los e ajudá-los a se manterem produtivos. Tenho feito, por exemplo, chamadas informais com a equipe durante o almoço para ter o feedback da situação, abrindo uma chamada e deixando a disposição para quem quiser participar e conversar. E a resposta tem sido positiva, com a performance geral dos colaboradores se mantendo e até melhorando.

Enfim, creio que vale a pena atentar a todo o aprendizado possível durante essa crise, como forma de aprofundarmos ainda mais a expertise da Citrix em trabalho remoto e em continuidade dos negócios. Tenho certeza de que, após a pandemia, estaremos ainda mais capacitados para ajudar nossos clientes a implementarem mudanças firmes e duradouras em suas organizações, pavimentando seu caminho para a transformação digital.